segunda-feira, 1 de abril de 2013

Denuncia: Mapa da violência obstétrica e a "indústria" da cesariana no Brasil

Bom minhas queridas,
 
continuando na mesma linha de denúncia, hoje, gostaria de expor para vocês tanto reportagens sobre a "indústria" cesarista, como mapas e endereços eletrônicos para que seja feito denúncias sobre o abuso e a violência obstétrica que nossas mulheres são submetidas!!!
 
No post anterior, pudemos ver, que muitas gestantes estão tendo que recorrer ao "jeitinho" brasileiro para que possam ter parto normal em seus convênios, após essa lastimável realidade, publico alguns meios que podemos acessar para denunciar tais eventos. Um dos eventos que vem sendo bastante discutido e mapeado no Brasil são os casos de violência obstétrica.
 
O que é violência obstétrica?
 
Segundo publicação da revista Carta da Capital, a definição internacional de violência obstétrica é baseada em qualquer ato ou intervenção direcionado à mulher grávida, parturiente ou puérpera (mulher no pós-parto), ou ao seu bebê, praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher, que fere e desrespeita sua autonomia, integridade física e mental, assim como suas opções e preferências.
 
Exemplos de violência obstétrica:
 
- Escutar xingamentos ou palavrões, até mesmo frases clichês como: " na hora de fazer estava bom!!!"
- Tricotomia (raspagem dos pêlos pubianos)
- Enema (lavagem intestinal)
- Uso de ocitocina de rotina ("sorinho" tão difundido e utilizado nos hospitais para acelerar o parto)
- Episiotomia rotineira ("corte" feito na região perineal da mulher para "facilitar" o nascimento)
- Manobras de Christeller (pressão no fundo do útero, que "era" utilizado para auxiliar na saída do bebê)
- Suspensão de dieta (deixar a mulher durante todo o trabalho de parto sem ingerir nada, até água é negada!)
- Cesariana desnecessária (muitas vezes pela comodidade da equipe!)
- Ausência do acompanhante (fato que já vi acontecer em Rio Claro, pois a parturiente não levou a lei impressa, acreditem, isso existe!)
 
São inúmeros os casos de violência, basta pensarmos no conceito principal, TODO OU QUALQUER ATO FEITO SEM AUTORIZAÇÃO DA PARTURIENTE OU PUÉRPERA! Devemos pensar que todos os procedimentos pelos quais teremos que passar ou ser submetidas devem ser autorizados pela cliente, a qual passará por tais procedimentos. "No frigir dos ovos", ao menos, tais procedimentos devem ser explicados e discutidos para que haja uma concordância entre profissionais de saúde e cliente, caso contrário, é uma VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA!
 
Para denunciarmos tais feitos, além dos meios comuns como ouvidorias e o próprio Ministério Público, contamos atualmente com páginas eletrônicas que buscam relatos de experiências, ou seja, mulheres que passaram por isso, deixam seu relato, e com isso será pensado uma denúncia coletiva, a tentativa de criação de projetos de leis, assim como auxiliar as novas mães a não passar por esses intempéries.
 
Destaco três links, que devem ser acessados e divulgados:
 
Mapeamento da violência obstétrica no Brasil:
 
Projeto 1:4, que trata-se de um projeto fotográfico que busca materializar as marcas invisíveis deixadas por esse tipo de violência e traz à luz uma reflexão sobre a condição do nascimento no Brasil e as intervenções desnecessárias que ocorrem no momento do parto, como salientado pelas criadoras Carla e Caroline, no site do proejeto.
 
 
Então, minha dica de hoje é: se você mulher e mãe já passou por alguma violência obstétrica, em algum lugar do Brasil, denuncie já, deixando seu relato para que outras mulheres, e outras pessoas, possam ter noção da realidade brasileira, que precisa ser modificada!!!
 
 
Atualmente, o sistema de parto vigente no Brasil quer engolir nossas mulheres, mas nada como ação organizada para que possamos mudar de lado e engoli-lo!!!
 
Para maiores esclarecimentos sobre violência obstétrica, e formas de não "cair" nessas cilada, entre em contato conosco: consultoriasermae@gmail.com
 
Beijos,
Nayara.
 
 

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