segunda-feira, 29 de julho de 2013

Reportagem da semana: Aquecendo os motores para a Semana Mundial do Aleitamento Materno!!!

Queridas blogueiras: boa noite!

Após o sucesso com o texto de Kate Middleton e Juliana Paes, chamamos vocês para realizar o mesmo sucesso, divulgando a Semana do Aleitamento Materno, que sempre é realizada de 1 a 7 de agosto, cada ano com uma temática diferente e específica para aprimorar uma prática tão milenar, a amamentação.

A primeira Semana  Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) foi em 1992, atualmente, iremos comemorar a 22ª SMAM, que traz como temática, segundo o WABA: "Breastfeeding support: close to mothers" - "Aconselhamento em amamentação: próximo das mães".

Pretendemos com essa SMAM, assim como nas demais, incentivar e apoiar o aleitamento materno, no entanto, nessa destacamos a necessidade de estar próxima às mães nesse momento para que a amamentação seja estabelecida da melhor maneira possível.

Para ficar mais fácil e concreto esse auxílio às nutrizes, o WABA criou uma figura demonstrando todas as redes que interferem na prática do aleitamento materno! De uma olhada na figura:

Sendo assim, de forma sucinta veja que, a MULHER (NUTRIZ) sempre ficará ao centro, pois receberá a ação destas esferas interligadas, não obstante, as mesmas deverão gerar auxílio à nutriz, mas de que forma?! Vamos lá:

1- Família e rede social (amigos, conhecidos, vizinhos...): Participam deste ciclo, desde os pais e companheiros até mesmo os amigos, vizinhos e a comunidade no geral. Como atuar: Nesta esfera, a comunidade pode agir durante a gestação ofertando segurança e diminuição do estresse, no parto atuam no empoderamento da mulher e na amamentação, as redes sociais e a família são fundamentais para aumentar a confiança materna, dessa forma, colaborando para o fortalecimento da prática do aleitamento.

2- Sistema de saúde: Participam deste ciclo todos os profissionais de saúde envolvidos com a mulher. Como atuar: A atuação deve ser iniciada ainda no pré-natal, sendo este, um espaço amigável, no qual a mulher pode compartilhar seus anseios e ser ouvida; perpassando para o momento do parto e pós-parto, nos quais logo após o nascimento, o bebê já deveria ser estimulado ao contato pele a pele, e amamentação. Além disso, os profissionais devem estar preparados para ouvir, aconselhar e estar junto nesse processo do aleitamento materno, ações excludentes ou vexatórias podem prejudicar a prática do aleitamento.

3- Local de trabalho e serviço: Participam deste grupo os colaboradores do serviço, os patrões e todos os amigos desse local. Como atuar: Respeitando e ampliando a licença maternidade, fazendo valer a lei que garante a saída da mãe para aleitar ou incentivando a empresa ou local de trabalho a ter uma sala de aleitamento.

4- Leis e ação governamental: Participam deste grupos os políticos e os governantes. Como atuar: Fazendo valer a lei da licença maternidade de 180 dias, além de criar e fazer valer as leis contra o comércio das fórmulas, além de promover campanhas de incentivo ao aleitamento materno.

5- Resposta às crises e emergências em aleitamento: Neste conjunto a mulher deve ser amparada toda vez que se sente ameaçada ou em uma situação inesperada para o aleitamento, em especial, nas catástrofes naturais, violência doméstica, doenças críticas, processo de divórcio, reclusão temporária, dentre outras. 

 Veja quantas esferas acabam atuando no estabelecimento da amamentação. No seu caso, conseguiu apoio em todas as esferas? Sempre foi ouvida e aconselhada por algum profissional de saúde? Deixe seus comentários e seus pareceres!

Já que aquecemos os motores, se preparem para a Semana Especial Aleitamento Materno da Consultoria Arte de Ser Mãe!

Afinal, aconselhar e apoiar é o nosso forte!!!



Lembrando, que a consultoria Arte de Ser Mãe presta consultorias especiais de aleitamento materno, na qual você é o centro das atenções e acompanhada de pertinho até conseguir amamentar, para mais informações, contate-nos:

Até mais!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Trocadilhos de sexta: Parir!!!

Mais uma arte da Consultoria Arte de Ser Mãe para incentivar e motivar nossas mulheres a parirem!!!


Para maiores informações sobre grupos de preparação para o nascimento e consultorias em domícilio, escreva-nos:

Por que a Kate Middleton consegue parir e a Juliana Paes não?

Queridas blogueiras: bom dia!

Não poderia deixar de escrever um post com os assuntos que bombaram o mundo obstétrico essa semana, então, vamos lá:

Manchete 1:
Segundo o site EGO, filiado ao G1: "Parto de Juliana Paes foi cesariana pois bebê é enorme" diz médica.
No último dia 21, na madrugada de domingo, mais precisamente 0:18 nasce o filho de Ju Paes de cesariana pesando 3.980kg e 53cm. A médica ainda afirma: "O parto teve que ser cesariana. O bebê é enorme, mas ela é muito guerreira". Estava me esquecendo, o cordão estava enrolado no pescoço do bebê, outro grande motivo para a via cirúrgica para o nascimento.
Se surpreendeu? Eu também!

Manchete 2:
Segundo o portal da Revista Quem: "Kate Middleton dá à luz se primeiro filho, uma menino".
A duquesa de Cambridge deu entrada no hospital St. Mary às 6 am, nos primeiros estágios de trabalho de parto, às 16:24pm, após 11 horas de trabalho de parto, nasce o bebê pesando em torno de 3.800kg, conforme comunicado oficial, que ainda diz que o bebê nasceu em segurança e ambos passavam bem.
Se surpreendeu? Não! Nem eu!!!

Frente à isso, vem os questionamentos deste post: Como dois bebês com pesos semelhantes não podem nascer pela mesma via de parto? Seria uma patologia? Uma distócia? Um  foi grande demais, o que o impossibilitou-o de nascer por via natural, mas será que se ele pesasse 200 gramas a menos ele teria essa oportunidade?

Antes apenas os 200 gramas fossem os fatores inviabilizadores!!!

Fora a ironia, essa é uma situação que nos deixa apreensivas(os), afinal não é para menos que vivemos em um país campeão de cesarianas. Um país no qual temos uma porcentagem em torno de 45 a 50% de cesarianas via SUS, e índices recordes em torno de 85 a 98% de cesarianas via serviços particulares, não era de se esperar um desfecho diferente no caso da plebeia Ju Paes.

Quando visualizamos esse contexto, vemos várias vertentes, que colaboraram na via de nascimento dos bebês da plebeia e da princesa:


1- Fator cultural: Como bem dito anteriormente, o Brasil já incorporou em sua cultura a incapacidade da mulher parir, além de salvaguardar a cesariana como salvadora, então, embora a mulher seja guerreira, o melhor para o momento é uma cesárea, pois ela não tem condição de parir. Se pensarmos no Reino Unido, as taxas de cesariana são em torno de 30%, tão já, seria quase que impossível e incomum esperar que uma mulher, em especial, uma duquesa, desse preferência à uma via cirúrgica de nascimento, afinal o normal é ser natural (não no Brasil...rsrs)
2- Fator estrutural: Faltam equipes capacitadas e com profissionais humanizados e sensibilizados em prol do nascimento respeitoso, falta apoio por parte dos convênios e hospitais particulares, além da falta de interesse por parte das mulheres em buscar informações pautadas em evidências científicas. De que adianta relatar que uma cesárea eletiva, dentre várias desvantagens, aumento o risco para morbimortalidade materna e perinatal, aumento de hemorragia e chance de histerectomia (retirada do útero), aumento de infecção e no uso de antibiótico, além de maior tempo de internação, se ao final do processo a mulher acaba sucumbindo ao desejo ou a falácia de seu GO, no qual a cesárea é um procedimento seguro, afinal o bebê é enorme e tem circular de cordão, fatos que impossibilitariam, ao menos no mundo medicalizado, um nascimento por vias baixas ou pela única via que o nascimento deveria acontecer.

3- Fatores social e educativo: Quando digo fator social relaciono a população também como responsável por esse ciclo, afinal não é fácil ver uma filha sofrer para parir, quem já não viu mães falando e propagando esse pensamento? A mãe da parturiente ou gestante pode até ter passado por uma experiência de parto normal, mas a filha jamais deveria passar por isso, uma justificativa até aceitável seria a violência obstétrica, e o trauma deixado por esta, entretanto, mas muitas vezes as mulheres são tolhidas de viver ou reproduzir essa experiência pelo medo instalado em seu inconsciente e consciente devido o blá, blá, blá de todos, em especial, de seus familiares. Associado a isso, muitas mulheres terceirizam seu cuidado, colocando o profissional de saúde como o grande provedor de cuidado, afinal ele sim estudou muitos anos e sabe o que é melhor! Sendo assim, delega-se e entrega-se totalmente ao saber empírico do profissional, e nem se preocupa de estudar e lutar pelo seu desejo. Aí se responde mais uma parte de nossa reflexão, no qual o nascimento de um bebê considerado enorme, seria inviável por via vaginal no Brasil, e capacitado para tal em Londres! Por isso, fica a dica, se seu bebê tem estimativa de pesar mais que 3.500kg vá para Londres, caso contrário, faca! Rsrs...

Cabe salientar, que embora tenha enumerado os fatores, não considero uma vertente menos importante que a outra, mas a união de todas, configuram esse cenário catastrófico no qual a mulher é incapacitada de parir por vias naturais.

Por isso, ficam as dicas:
Reflita
Empodere-se
Se informe com base em evidências científicas
Não tercerize sua saúde
Escolha por uma equipe humanizada

Essas manobras podem lhe ajudar a conseguir parir como uma princesa, e não como uma plebeia. A escolha entre ser plebeia ou princesa passa também por sua mão, qual é a sua opção? Reflita!!!

Boa tarde e não perca os trocadilhos à seguir no próximo post, ainda hoje!!!
Até mais

Texto do "O Provocador": http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2013/07/23/cesariana-e-coisa-de-plebeu/
Super indicado, pois até no momento de nascer temos que ir contra o sistema!!!



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Tudo por uma contração!!!

Queridas blogueiras: bom dia!

Quem nunca ouviu de uma mulher que já pariu, que tinha como exemplo uma outra mulher que já havia parido, e assim, seguia como exemplo suas atitudes, vide a modelo Gisele Bundchen, que relatou, em ambos os partos, que pedia pela contração, pois a cada uma que se passava, o bebê estava mais próximo de nascer, e que tem essa atitude seguida por algumas admiradoras ativistas.

A contração, tão temida por várias mulher, tem papel fundamental para a passagem do bebê, do espaço intra-útero para a exterogestação. Você sabia disso?!

A autora Ashley Montagu, coloca em seu livro "Tocar: o significado humano da pele", o seguinte paradoxo, nas demais espécies, fora a humana, os animais garantem a sobrevivência de seus bebês por meio de lambidas, como na população humana isso é escasso, para não dizer que não existe, como a mãe humana faz para que seu bebê garanta sua sobrevivência por meio do funcionamento dos sistemas de manutenção (sistema circulatório, respiratório, digestivo)?

Segundo a neurociência, uma explicação evolutiva para a manutenção da espécie humana seria o tempo de trabalho de parto. Isso porquê, as contrações uterinas fornecem estimulações recorrentes sobre o bebê, o que faria a estimulação dos sistemas de manutenção para a manutenção da vida extra-útero. Uma vez, que esse bebê não seria estimulado por lambidas sucessivas após seu nascimento.

Entrar em trabalho de parto é importante para o feto ou bebê?
Sendo assim, vemos a necessidade de ao menos a gestante entrar em trabalho de parto, uma vez que isso configura em um bebê termo (acima de 37 semanas de gestação) uma maturidade pulmonar do mesmo, além de imprimir o fato que a contração uterina e a dança do fluído amniótico sobre a pele do bebê provoca mudanças funcionais em seus sistemas, que garante a passagem pela ponte entre vida intra-útero e extra-útero. Sendo assim, o trabalho de parto, que muitas vezes dura em torno de 12-18 horas em uma primigesta, e 8-12 em uma multigesta; garante à esse bebê um funcionamento e manutenção de sua vida pós-natal.

O que pode desencadear a contração uterina?
Alguns estudos sugerem que o início do trabalho de parto é marcado por um declínio na saturação de oxigênio à nível placentário, fato que estimularia o início do trabalho de parto.

Como a contração uterina atua sobre os sistemas funcionais do feto?
A contração do útero estimula os nervos periféricos sensoriais que estão sob a pele do feto, sendo assim, quando avaliado um bebê nascido via vaginal (parto normal) versus um nascido por via abdominal (cesariana), verifica-se que uma pele devidamente estimulada, colabora para que os impulsos nervosos sejam deflagrados por esses nervos sensoriais periféricos até o sistema nervoso central, que mandará uma resposta por meio do sistema nervoso autônomo para os diversos órgãos que esses receptores periféricos inervam, tão já, bebês que passam pela experiência de sentirem os movimentos da contração tendem a responder melhor, que os bebês que foram privados dessa benfeitoria natural, o que pode gerar uma baixa estimulação e ativação dos sistemas de manutenção, não obstante, a baixa ativação dos órgãos necessários para a manutenção da vida extra-útero.

Portanto, por mais que a via de parto vaginal não seja a sua escolha ou seja inviabilizada por algum problema, preze aos menos, por passar por algumas contrações, pois ela pode representar muito na vida de seu filho, por isso, TUDO POR UMA CONTRAÇÃO.

Tem curiosidade para saber como é uma contração? Veja por esse simples vídeo:

Algumas mulheres me indagam, e o medo da dor? Então vai a dica: NÃO DEIXE QUE O MEDO SEJA MAIOR QUE VOCÊ! E, siga o mantra, como já dizia nossa musa Gisele: "Cada contração representa meu filho mais próximo de mim!"

Por meio da figura abaixo, veja o ritmo da contração segundo o período do trabalho de parto, sua intensidade e a pressão sob o corpo do bebê!


Espero que tenham gostado da leitura!
Ainda essa semana, voltaremos com mais notícias!

Para esclarecimento de mais dúvidas e angustias maternas e paternas, basta escrever-nos:
E-mail: consultoriasermae@gmail.com

Referência: Montagu A. Tocar: O significado humano da pele. 10ªed: Summus Editorial, 1988.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Não cai no conto do larápio! O que meu médico pode alegar para me "cesariar"?

Queridas mamães blogueiras: bom dia!

Hoje, decide abordar alguns contos ditos pelos profissionais da saúde afim de desestabilizar a gestante ou a parturiente para incorrer na "desnecesárea".

Muitas vezes fui indagada por algumas mulheres, por pais e até mesmo familiares se isso seria possível acontecer, e sempre vemos que sim!

Então, quais são os principais contos que podem levar a mulher à uma "desnecesárea"?

Era uma vez...

...uma mulher que não tinha contração, mesmo estando fora do trabalho de parto! O que faremos? Cesárea!
...você não tem dilatação! Mas, doutor, eu não estou em trabalho de parto. O que faremos? Cesárea!

...sua placenta está calcificada e velha. Já passou do tempo! O que faremos? Cesárea!

...o cordão do seu bebê está enrolado, ele pode morrer! O que faremos? Cesárea!

...sua bacia é tão estreita, com esse bebê gigante, ele não nascerá! Ah, se nascer de parto vaginal vai te deixar toda estourada por baixo. E agora doutor? Cesárea!

...te dou 6 horas para esse bebê nascer por via vaginal. Mas esse tempo é possível? Não espero mais que isso, depois desse tempo, vai para a cesárea!

... já está passando do tempo desse bebê nascer! Como assim, se eu estou de 40 semanas? Então, ele já é pós-termo. E o que fazer? Uma cesárea salvadora!

...nossa o pulmão do seu bebê está cheio de líquido, vamos ter que cesariar para salvá-lo! Mas, como assim doutor? Ele não está envolto pelo líquido amniótico?

... esse negócio de cócoras e gravidade não ajudam em nada no momento do parto, por isso, é melhor uma cesárea!

...maezinha, você não vai aguentar, dói demais! 

Esses são algumas dos contos do seu "doutô" que já ouvi ou que chegaram até mim, e você, já ouviu algum diferente? Passou por algum desses? Qual foi a solução?

Muito cuidado, pois essas falácias podem te induzir ao erro desnecessário!
Como te garante Dr. Frotinha:

Como se proteger dele?

Muita leitura!
Muito empoderamento!
Quanto mais nos preparamos internamente, mais poderosas ficamos para debater com o médico ou a equipe que irá nos acompanhar.
Muita informação, que sempre deve ser pautada em evidências científicas.
Muita leitura de relatos de parto, pois quase sempre outras mulheres já passaram por isso.

Se empodere, estude e siga em frente! Se ouvir um conto by Dr. Fortinha, não precisa morrer por isso, troque! Sim, troque de equipe ou de médico.

Grande abraço,
consultoria Arte de Ser Mãe!


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Parto domiciliar: Isso é possível?

Queridas blogueiras: bom dia!

Essa semana optei por abordar um tema, que embora fosse tradicional em nossa nação, não deixa de ser atual: A escolha pelo parto domiciliar planejado.


Esse cenário já pode ser visto em nossa nação, mas devido as transformações tecnológicas e médicas, o nascimento migrou do lar para o hospital.

Se fossemos pensar nas histórias de nossos antepassados, encontraríamos que o parto no domicílio era comum, o fator incomum no cenário do nascimento seria ir para o hospital. Isso porquê a ida ao hospital, ainda no início do século XX, caracterizava à essas mulheres e familiares um risco de vida, e muitas famílias se preparavam para o pior, pois frequentemente a mulher, a criança ou ambos morriam, em especial, pelas infecções hospitalares. Entretanto, na atualidade, invertemos esse ciclo, e muitas mulheres, familiares e a própria sociedade encara que a segurança para mães e bebês estão dentro do ambiente hospitalar.

Por conta disso, e a falta de políticas de saúde que contribua para essa forma de nascimento em nossa território, o número de partos domiciliares no Brasil não chega a 1%, a que isso se deve?! Talvez repressão do sistema de saúde que não oferece essa possibilidade à mulher; talvez ao sistema social e cultural que impera em nosso país, no qual o hospital é o local mais seguro para parir; talvez por desinformação da sociedade ou até pela legitimidade e políticas dos conselhos fiscalizadores de medicina, que não dão respaldo ético-legal ao profissional.

Após uma breve síntese de nossa realidade de nascimentos, abordo uma reportagem dirigida pela BBC sobre um estudo publicado no periódico British Medical Journal (Jornal médico britânico), o qual aponta que os partos domiciliares seriam mais seguros do que os hospitalares. Este estudo realizado por holandeses com 150 mil gestantes de baixo risco obstétrico, das quais 92.333 tiveram parto domiciliar e 54.419 atendimento hospitalar, entre os anos de 2004 e 2006, trouxe os seguintes resultados perinatais, dentre outros:

Risco de complicações graves: 1/1000 em partos domiciliares versus 2,3/1000 em partos hospitalares

Se primigesta (primeira gestação) e baixo risco obstétrico (sem patologias associadas), a necessidade de transfusão sanguínea ou tratamento intensivo foi mantido baixo 2,3/1000 em partos domiciliares e 3,1/1000 em partos hospitalares.

Se secundigesta (segunda gestação) os riscos decresceram ainda mais, pois foi avaliado as chances de hemorragia pós-parto: 19,6/1000 para partos domiciliares e 37,6/1000 para os nascimentos em hospitais. Taxas estatisticamente são significantes e merecem ser observadas!!!


 Os pesquisadores responsáveis ainda salientam que, na Holanda 20% dos partos são domiciliares, além de ser atendidos por parteiras treinadas e com rede de transportes eficientes para a transferência sempre que necessário.


Para maiores informações, deixo o link da BBC com a reportagem na íntegra: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130614_partoscaseiros_riscos_fl.shtml


Frente à esse reportagens ficam algumas recomendações e indagações, todas as mulheres podem ter um parto domiciliar?



Atualmente, as equipes que atendem partos domiciliares seguem protocolos e diretrizes, no qual apenas as mulheres de baixo risco obstétrico, ou seja, são destinados àquelas mulheres que não apresentam patologias, ou que não façam uso de algumas medicações rotineira, ou apresentem algum fator de risco que inviabilize que o parto ocorra em sua residência. Entretanto, muita atenção, pois o parto natural pode ser tentando, porém, dentro de hospitais e centros de saúde que respeitam essa forma de nascimento.



Como são compostas essas equipes de parto domiciliares?

No Brasil, as equipes existentes podem ser formadas com profissionais médicos, mas em sua maioria são formadas por obstetrizes e enfermeiras obstétricas, carinhosamente conhecidas como parteiras urbanas, que passaram por uma graduação de 4 anos, no caso das obstetrizes, ou 4 anos de enfermagem e mais 2 de especialização em obstetrícia no caso das enfermeiras obstétricas. Além dessa formação, a maior parte dessas profissionais passam por cursos de certificação frente as urgências e emergências obstétricas, fato que aumenta a segurança quanto o nascimento no domicílio.
Cabe salientar que a presença da doula é quase imprescindível nessa forma de nascimento, e muitas vezes já está junto da equipe.
Não vou entrar no mérito, mas cabe destacar, que o parto domiciliar também é realizado por parteiras tradicionais, que atualmente, passam por treinamentos para aumentar a segurança no cuidado perinatal, mas que não deixe suas tradições de lado!


Para finalizar, concluo deixando o referencial do Ministério da Saúde de 1996 sobre Maternidade Segura, o qual aponta que o melhor lugar e o mais seguro para o nascimento do bebê, e aquele em que a mulher se sente bem, e que foi de sua escolha. Frente à isso, algumas preferiram seu domicílio, algumas o hospital, outras casas de partos, basta conhecermos nossas possibilidades e a segurança aumenta.



Independente do ambiente, precisamos escutar mais nosso interior, nossos desejos, nossos pensamentos e nessa atmosfera decidir qual o melhor ambiente para parir, mas não devemos nos esquecer que o lar é um ambiente permitido, desde que planejado!

Por isso, lembre-se:



Grande beijo, desfrutem de mais um post escrito com amor e muito carinho às mamães, aos papais, às mulheres e aos homens que simpatizam com essa nova forma de cuidado.

Para maiores informações, contatos e sugestões de temas, basta entrar em contato pelos endereços: