segunda-feira, 22 de julho de 2013

Tudo por uma contração!!!

Queridas blogueiras: bom dia!

Quem nunca ouviu de uma mulher que já pariu, que tinha como exemplo uma outra mulher que já havia parido, e assim, seguia como exemplo suas atitudes, vide a modelo Gisele Bundchen, que relatou, em ambos os partos, que pedia pela contração, pois a cada uma que se passava, o bebê estava mais próximo de nascer, e que tem essa atitude seguida por algumas admiradoras ativistas.

A contração, tão temida por várias mulher, tem papel fundamental para a passagem do bebê, do espaço intra-útero para a exterogestação. Você sabia disso?!

A autora Ashley Montagu, coloca em seu livro "Tocar: o significado humano da pele", o seguinte paradoxo, nas demais espécies, fora a humana, os animais garantem a sobrevivência de seus bebês por meio de lambidas, como na população humana isso é escasso, para não dizer que não existe, como a mãe humana faz para que seu bebê garanta sua sobrevivência por meio do funcionamento dos sistemas de manutenção (sistema circulatório, respiratório, digestivo)?

Segundo a neurociência, uma explicação evolutiva para a manutenção da espécie humana seria o tempo de trabalho de parto. Isso porquê, as contrações uterinas fornecem estimulações recorrentes sobre o bebê, o que faria a estimulação dos sistemas de manutenção para a manutenção da vida extra-útero. Uma vez, que esse bebê não seria estimulado por lambidas sucessivas após seu nascimento.

Entrar em trabalho de parto é importante para o feto ou bebê?
Sendo assim, vemos a necessidade de ao menos a gestante entrar em trabalho de parto, uma vez que isso configura em um bebê termo (acima de 37 semanas de gestação) uma maturidade pulmonar do mesmo, além de imprimir o fato que a contração uterina e a dança do fluído amniótico sobre a pele do bebê provoca mudanças funcionais em seus sistemas, que garante a passagem pela ponte entre vida intra-útero e extra-útero. Sendo assim, o trabalho de parto, que muitas vezes dura em torno de 12-18 horas em uma primigesta, e 8-12 em uma multigesta; garante à esse bebê um funcionamento e manutenção de sua vida pós-natal.

O que pode desencadear a contração uterina?
Alguns estudos sugerem que o início do trabalho de parto é marcado por um declínio na saturação de oxigênio à nível placentário, fato que estimularia o início do trabalho de parto.

Como a contração uterina atua sobre os sistemas funcionais do feto?
A contração do útero estimula os nervos periféricos sensoriais que estão sob a pele do feto, sendo assim, quando avaliado um bebê nascido via vaginal (parto normal) versus um nascido por via abdominal (cesariana), verifica-se que uma pele devidamente estimulada, colabora para que os impulsos nervosos sejam deflagrados por esses nervos sensoriais periféricos até o sistema nervoso central, que mandará uma resposta por meio do sistema nervoso autônomo para os diversos órgãos que esses receptores periféricos inervam, tão já, bebês que passam pela experiência de sentirem os movimentos da contração tendem a responder melhor, que os bebês que foram privados dessa benfeitoria natural, o que pode gerar uma baixa estimulação e ativação dos sistemas de manutenção, não obstante, a baixa ativação dos órgãos necessários para a manutenção da vida extra-útero.

Portanto, por mais que a via de parto vaginal não seja a sua escolha ou seja inviabilizada por algum problema, preze aos menos, por passar por algumas contrações, pois ela pode representar muito na vida de seu filho, por isso, TUDO POR UMA CONTRAÇÃO.

Tem curiosidade para saber como é uma contração? Veja por esse simples vídeo:

Algumas mulheres me indagam, e o medo da dor? Então vai a dica: NÃO DEIXE QUE O MEDO SEJA MAIOR QUE VOCÊ! E, siga o mantra, como já dizia nossa musa Gisele: "Cada contração representa meu filho mais próximo de mim!"

Por meio da figura abaixo, veja o ritmo da contração segundo o período do trabalho de parto, sua intensidade e a pressão sob o corpo do bebê!


Espero que tenham gostado da leitura!
Ainda essa semana, voltaremos com mais notícias!

Para esclarecimento de mais dúvidas e angustias maternas e paternas, basta escrever-nos:
E-mail: consultoriasermae@gmail.com

Referência: Montagu A. Tocar: O significado humano da pele. 10ªed: Summus Editorial, 1988.

4 comentários:

  1. Oii Nay, adorei ler sobre isso!!!
    Eu fiquei quase 12 horas em trabalho de parto até fazer a cesariana e sempre pensei que "sofri desnecessariamente" por já saber que faria a cesárea já que minha filha estava sentada e só o meu filho estava "encaixado". Mas lendo agora percebo que foi muito válido todo esse tempo!!! Apesar da dor, que é muito grande mesmo, mas nada insuportável!!
    Informação nunca é demais né?!
    Um beijão,
    Dani

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  2. Olá Dan, que bom que pode ler!
    Na minha visão a natureza da mulher não iria fazer esta passar por contração, se não houvesse benefício algum para mãe e filho!
    Bom saber que não é insuportável, pois o medo de passar pela experiência algum momento sempre assombrou a vida da mulher, mas sabendo que é tão benéfica ao bebê, não adianta sermos egoístas e privá-lo disso, não é?
    Desculpa a demora, mas sempre que tenho um tempinho escrevo.
    Grande beijo,
    Nay.

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  3. Estou com 40 Semanas e desde o inicio luto por um parto normal, este sera meu mantra: "A cada contraçao Ravi mais perto de mim".

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    1. Sammia, que bom que esse mantra lhe ajudou!
      Se puder, nos responda contanto como foi seu parto, afinal, Ravi já deve estar bem crescido!
      Beijos queridas!
      Gratidão pelo contato <3

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