Até quando devemos amamentar?!

Queridas blogueiras: boa noite!

Fico feliz pela aderência ao post de ontem, tivemos muitos acessos e compartilhamentos, e pessoas internacionais vem acompanhando, apenas não sei se estão compreendendo, se você está fora do Brasil e acompanha o blog, deixe seu nome, apenas para que possa te conhecer!

Bom, vamos ao trabalho! Hoje, vou falar um pouco sobre aleitamento materno, mais especificamente até quando devo amamentar?!

Primeiro compartilho o caso da Priscila Padro, mãe do Pedro de quase 2 anos, veja o relato da própria Priscila:

"Pedro já come bem, toma mamadeira, mas não larga o peito por nada. Eu pensei em tirá-lo com 6 meses, mas como sou marinheira de primeira viagem minha mãe achou melhor não por ele ser muito novinho ainda. Só que agora acho que vai ser mais difícil ainda. Venho trabalhar e ele mama de manhã, na hora do almoço e depois quando chego em casa já nem come mais nada só quer peito e ainda acorda no meio da noite (não sei o que são 8horas de sono faz séculos rsrs). Aí quando quero sair fazer alguma coisa, nunca fico a vontade pq sei que a qualquer momento minha mãe vai me ligar pra voltar por causa do "mama" dele. Até o pediatra disse que já está na hora de tirar, mas está duro viu. Se tiver alguma opinião, compartilho das suas ideias e adoro o blog!!"

Vamos ajudar a Pri a pensar qual será a melhor alternativa?!

Bom, pelas recomendações da Organização Mundial da Saúde desde 1986, o bebê deve ser amamentado exclusivamente até 6 meses, e de forma complementar até 2 anos, mas não que seja uma exigência, mas uma recomendação pensando no bem-estar materno-infantil.

Temos pesquisas que já indicam que o leite materno acompanha a fase de crescimento do bebê, então, para cada fase ele seguiria uma padrão de composição segundo a idade da criança. Tanto é, apenas a título de curiosidade, que mães de bebês prematuros produzem um leite rico em gordura, pois a "seleção natural" e a "evolução humana" demonstram que para esse bebê vingar, ele precisa ganhar peso, por conta disso, sua formulação é composta por essa necessidade. Mais informações de literaturas sobre esses assuntos podem ser vistas nesses links:

Manual Aleitamento materno

Artigo sobre composição do leite humano

Sendo assim Pri, pense que como mãe de primeira viagem, você teve a oportunidade de colaborar para a saúde do seu filho, atualmente, quando antes iniciamos a alimentação artificial por meio de fórmulas, ou a introdução de leite de outros animais, mais chances temos dessa criança sofrer processos alérgicos. Existe uma linha da saúde, que indica que ao parar de amamentar, o bebê deveria ter a complementação de cálcio e demais nutrientes apenas via alimentação saudável como grãos, frutas, sucos, leites vegetais, e não a base de leite de outros animais, pois para nosso organismo a molécula do leite da vaca demora mais para ser "quebrada" e absorvida, pois não é especie-específica, causando dessa forma mais danos que benefícios em alguns bebês, os quais também podem ser encontrados em crianças, adolescentes e adultos como a intolerância à lactose.

Sobre a necessidade de tirá-lo, acho que você pode ponderar, se a rotina que ele faz não te atrapalha seria benéfico mantê-la, caso contrário, o processo deve ser iniciado aos poucos, e seguindo algumas dicas que lhe passo a seguir:

Dica 1 - Substituição:

Busque substituir a mamadeira, pois já está mais que comprovado que ela prejudica a formação da arcada dentária, além de afetar a primeira dentição. Sendo assim, o que sugiro para as mães que desejam substituir a mamadeira ou o peito é comprar um copo bem colorido, de algum personagem que o bebê ou a criança goste, e demonstrar para ela que o leite ou o suco ou até mesmo a água naquele copo é mais saboroso. O processo é lento e árduo, e algumas crianças resistente, então, no início, peço para que os pais intercalem uma mamadeira e um copo, ou uma mamada e um copo até que ele se acostume com o copo, caso a mulher tenha que desmamar.

Dica 2 - Explicação:

Sim, os bebês e crianças compreendem tudo que está ao seu redor, então, aos poucos vá conversando e explicando que a mamãe não pode mais dar o "tetê" ou o peito, pois ela tem outros compromissos, mas que ele é importante, que vocês sempre estaram juntos, que nada vai substituir seu amor por ele. O processo é mais fácil, quando o bebê não quer mais, entretanto, mesmo assim as mães sofrem e tendem a não aceitar. O processo natural pode ser tentado, mas a amamentação tem que ser prazerosa, caso contrário, pode afetar o vínculo entre mãe e bebê.

Dica 3 - Delegando a função à outras pessoas:

Não sou muito favorável que outras pessoas entre nesse cenário de aleitamento materno, a não ser que os pais já contem com o auxílio de outros elementos. A melhor forma de se dar o desmame é por meio da cumplicidade entre mãe e filho. Entretanto, por meio da experiência de algumas mães, muitas obteram sucesso delegando a função de dar o complemento por outra pessoa, no caso, pai, avós, tios, qualquer outro familiar que esteja envolvido no cuidado, pois dessa forma, o bebê não iria sucumbir ao desejo do peito. Saliento, que a criança ficará chorosa, pois sua rotina tenderá a modificar, então, muito carinho e atenção são essenciais nessa fase para que não seja traumática, mas natural, por isso, considero que o impacto seja menos traumático se o feito por etapas, como já salientei acima, intercalando mamadas e "copinhos".

 

Para finalizar, o aleitamento materno não tem tempo correto ou incorreto, mas sim, é uma forma de se propagar o amor, sendo assim, não cabe à nós profissionais julgar qual é o momento determinante para que o desmame seja realizado, mas sim, nos cabe auxiliar para que mãe e bebê não sejam prejudicados nessa adaptação à nova rotina.

 

Espero que possa ter comtribuido de alguma forma contigo Priscila, que outras mães possam ler, e serem tocadas, e que ao serem possam relatar seus sentimentos e aflições acerca do aleitamento e seu andamento.

 

Um grande beijo, e para solucionar esses anseios e até mesmo dificuldades com a amamentação, você pode contar com a consultoria:

 

Aqui, junto à mim, você é protagonista desse cuidado!

 

Basta me escrever: consultoriasermae@gmail.com

 

A consultoria apoia o aleitamento materno...

 

 

...por isso, compartilhe essa ideia!!!