quarta-feira, 29 de maio de 2013

Boa tarde saúde brasileira!


Antes de tudo, boa tarde blogueiras!

Hoje trago uma reflexão, que pode ser intitulada como um desabafo, e que também está na página da Consultoria Arte de Ser Mãe no facebook: https://www.facebook.com/consultoriaartedesermae, já curtiu?! Ainda não? Então corre que dá tempo!

Boa tarde saúde brasileira por Nayara Baraldi

Quando escrevo ou relato algo sobre mortalidade materna, não penso apenas nos índices extraordinários que nosso imenso Brasil tem em sua conta, mas sim, no rosto, na alma, na história de cada mulher que passou por isso e não resistiu! Por cada vela acesa! Por cada lágrima no rosto de um familiar e na alma indefesa de seu fruto, digo, filho, que ficou órfão!





Ontem, no programa Profissão repórter, a jornalista Eliane Scardovelli junto aos demais da direção relatou o descaso das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de crianças, ou seja, a falta de vagas. Ao ser posta em contato com esse mundo, a repórter relata: "A gente se vê em uma situação que não tem como ser apenas jornalista, a gente não consegue deixar nosso lado humano..." ao final da entrevista ainda salienta: "...eu fiz o que pude, como pessoa...". Seguindo a reportagem, em um outro momento, após chorar, a médica pediatra Debora Gouget, responsável pelos cuidados do bebê internado com cardiopatia grave, declara: "...quando vem um desfecho desse (morte do bebê de 1 ano) a gente pensa para onde quer ir, a hora que a gente desanima, a gente pensa, e se eu não estivesse aqui, o que teria acontecido?"

Sendo assim, queridas e queridos, eu lhes retorno a questão aonde devemos ir? Aonde iremos parar? Vidas que são vão, saudades que ficam, filhos sem mães e mães sem filhos! Que termo utilizar e qual optar nessas situações? 
Resiliência? 
Falta de humanização? 
Falta de governantes?
Falta de verba?
Falta de amor?

São nessas faltosas circunstâncias, que na maior parte das vezes poderiam ser EVITADAS, que eles se vão e elas também! Mas, fica a súplica, por que interromper essas histórias? Por que apagar o rosto feliz? Por que levar embora o sobro de vida? Tais circunstâncias poderiam ser evitadas?!


A OMS recomenda o dobro do número de leitos em UTI, em relação ao serviço relatado no programa jornalístico (http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2013/05/falta-de-leitos-em-utis-do-pais-afeta-brasileiros-de-forma-dramatica.html)

E assim se vai, não só o tempo, mas também a vida... 
Por isso, seja mortalidade materna, seja ela neonatal, ou ainda infantil; a maior mortalidade está dentro de nós, pois a nossa LIMITAÇÃO, vide a frase relatada pela jornalista: "...eu fiz o que pude, como pessoa...", nos faz indagar: Será que fiz o suficiente? Poderia ter feito mais?!

Lute você também, ontem foi um bebê, outro dia uma parturiente, hoje um adulto; mas amanhã pode ser você, não?!


Desabafo da consultoria Arte de Ser Mãe,
Grande beijo seguido dos desejos de um ótimo e produtivo feriado!

Nayara.

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